O próximo Hipersuper terá esta capa e é dedicado, na sua maioria, aos Vinhos do Sul (Tejo, Terras do Sado, Alentejo e Algarve).

Para o Especial, entrevistámos Aníbal Coutinho, Director Técnico da ViniPax 2009, que admitiu que "o vinho português não vai ser saudável se continuar com preços tão baixos". O conhecido crítico de vinhos e coordenador do evento a realizar em Beja, refere, também, que "cada vez mais, os produtores preocupam-se em dar ao consumidor o que este necessita", destacando que os vinhos do Sul têm de se destacar pelas castas portuguesas.

Além de Aníbal Coutinho, entrevistámos, também, a Presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), Dora Simões, que nos referiu que "o consumidor quando pede um vinho do Alentejo está perante um valor seguro". Responsável por uma região que detém, segundo dados da Nielsen, 44% em valor e 40% em volume, salienta que "aos olhos do consumidor, os vinhos do Alentejo apresentam uma boa relação qualidade/preço", admitindo, contudo, ser desejável que "aumentem o preço médio da garrafa vendida".

Para o Especial dedicado aos Vinhos do Sul, destaque para a apresentação de um estudo exclusivo para o Jornal Hipersuper efectuado pela Ipsofacto, que nos dá uma opinião do consumidor relativamente aos vinhos do Alentejo.

Do lado das empresas, questionámos quatro produtores de vinho - Aliança, Herdade São Miguel, Adega Cooperativa de Portalegre e Esporão - para nos dar, em forma de painel, a sua opinião sobre aos Vinhos do Sul.

Para um melhor enquadramento dos vinhos do Alentejo no País, a consultora Nielsen mostra-nos as vendas dos néctares da região no Ano Móvel terminado na semana 37 de 2009, indicando que o valor de vendas atingiu os 95,4 milhões de euros, constituindo os tintos a maior fatia deste valor.

Numa perspectiva internacional e após a realização de uma iniciativa da responsabilidade da ViniPortugal nos EUA, entrevistámos Márcio Ferreira, Area Manger da ViniPortugal, que nos revelou que "a educação do consumidor é o maior desafio para os Vinhos de Portugal". Salientando que os preços têm sido os grandes responsáveis pelo actual crescimento de Portugal nos EUA, Márcio Ferreira refere que entre as regiões com maior probabilidades e sucesso no mercado norte-americano são os "Vinhos Verdes, Douro e Alentejo".

Inserido dentro da ViniPax surge, também, a cortiça. Para perceber a sua importância e o que tem sido feito em resposta ao "ataque" dos vedantes alternativos, entrevistámos Joaquim Lima, Director-geral da Apcor que concluiu que "a melhor opção é sempre uma rolha de cortiça". Admitindo que "a investigação e desenvolvimento têm de estar sempre presentes num sector para que não se caia no erro da estagnação", Joaquim Lima revela que Portugal produz cerca de 160 mil toneladas de cortiça por ano.

Também representado no evento de Beja está o sector do azeite com a OliviPax. Pedro Cruz, Presidente da casa do Azeite, foi entrevistado pelo Jornal Hipersuper e a conclusão do responsável é simples: "temos um longo caminho ainda a percorrer na recuperação do consumo de azeite". Acreditando que "Portugal só conseguirá um aumento do consumo de azeite com campanhas informativas fortes e constantes junto dos consumidores", o responsável máximo pela Casa do Azeite refere ainda que "o Brasil é o maior mercado de destino das exportações portuguesas de azeite".

A edição 247 do Jornal Hipersuper não, no entanto, uma edição dedicado exclusivamente aos vinhos.

Na "Distribuição", destaque para o novo código de barras que chega em Janeiro de 2010. Chama-se GS1 DataBar e data de validade, origem do produto, número de série, quantidade, cor, peso, medida, entre outros, são alguns dos cem elementos que as etiquetas podem transportar.

No "Alimentar", analisamos o mercado de frutos secos que, com a chegada do Natal, os produtores desdobram-se em iniciativas para manter estas iguarias na mesa da consoada.

Ainda no "Alimentar", a TNS Worldpanel analisa o mercado das carnes, revelando que, em ano de consumo mais contido e com alguma transferência para produtos mais baratos, a distribuição moderna continua a ganhar quota de mercado aos talhos.

Finalmente, no "Não Alimentar", Portugal figura no topo do ranking das exportações provenientes da Andaluzia e desengane-se quem pensa que o sector agro-alimentar é "soberano". Segundo Fátima del Pino, Derectora-geral da Extenda, Agência Andaluza de Promoção Externa, a crise "acabou por beneficiar o nosso trabalho porque as empresas andaluzas apostam agora mais facilmente em Portugal do que na China".

Boas leituras!

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